Amapá (AP)
A História Completa do Estado do Amapá.
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A História Completa do Estado do Amapá.
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Amapá está localizado na região Norte do país, sendo um dos estados mais recentes do Brasil, criado em 1988. Encontra-se em dois hemisférios, Norte e Sul.
O Amapá é um dos estados da região Norte do Brasil, localizado em dois hemisférios: Norte e Sul. O estado faz fronteira com:
Pará, a oeste e sul
Guiana Francesa e Suriname, a noroeste
Oceano Atlântico, a norte e leste
foz do rio Amazonas, a leste e sudeste
tornou-se alvo de disputa política entre a França e o governo brasileiro. Tal disputa já vinha de anos anteriores, mas acirrou-se mesmo na segunda metade do século XIX.
Esse conflito político só foi encerrado em 1900, quando o suíço Eduard Miller deu o aval positivo para o Brasil, que anexou cerca de 260 mil km² de território.
No século XX, em 1943, foi criado o território federal do Amapá, com administração conjunta do governo federal e do estado do Pará. Com a Constituição de 1988, esse território deixou de existir, passando ao status de unidade federativa. Com isso, no dia 1º de janeiro de 1991, foi instaurado o estado do Amapá.
Observe alguns dados selecionados desse novíssimo estado, consultados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados gerais do Amapá
Região: Norte
Capital: Macapá
Área territorial: 142.470,762 km²
População: 861.773 pessoas (IBGE, 2020)
Densidade demográfica: 4,69 hab/km² (IBGE, 2010)
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,708 (IBGE, 2010)
Fuso: GMT – 3 horas, o mesmo fuso horário de Brasília
Clima: Equatorial Superúmido, com duas estações definidas (verão e inverno) e altos índices pluviométricos (média de 2500 mm por ano)
Geografia do Amapá
O clima do estado do Amapá, quente e superúmido, proporciona que prevaleça a vegetação de floresta equatorial, como a Floresta Amazônica, que ocupa mais de 70% do território amapaense. No litoral constata-se a presença de manguezais, uma vegetação que protege as margens dos rios que deságuam no Atlântico e serve de sustento às famílias da região.
Já o relevo é composto, em sua maioria, de baixas altitudes. Localizado em pontos do Planalto das Guianas, o Amapá apresenta poucos terrenos com aclives acentuados. Para ter-se uma ideia da predominância de planícies no estado, o ponto de altitude mais elevada é a Serra do Tumucumaque, com 701 m. Essa serra abriga o Parque Indígena do Tumucumaque, importante área de preservação ambiental na região.
Na hidrografia, destacam-se os rios Amazonas e Oiapoque, os maiores do estado. Aproximadamente 40% do Amapá são banhados pela bacia amazônica. Devido à enorme cobertura vegetal presente no estado, os rios representam importante via de transporte, além de contribuir com a economia e alimentação da população com pesca, turismo e lazer.
Demografia do Amapá
A população amapaense conta com 861.773 pessoas, segundo estimativas do IBGE em 2020, sendo 512 mil apenas na capital, Macapá. O estado apresenta muitos imigrantes de países fronteiriços com o Brasil, como Venezuela, Guiana Francesa e Suriname, com grande expressividade em Oiapoque, cidade no extremo norte do Amapá.
Divisão geográfica do Amapá
O estado do Amapá possui quatro subdivisões — Oiapoque, Amapá, Macapá e Mazagão —, que concentram 16 municípios. Observe a lista de municípios do estado e, em seguida, o mapa com as quatro subdivisões territoriais.
Economia do Amapá
Dos três setores da economia (primário, secundário e terciário), o que mais se destaca na economia amapaense é o terciário, com comércio, bens e serviços representando cerca de 85% da economia do estado.
O setor primário possui pouca expressividade, com destaque para a produção de castanha-do-pará, arroz, mandioca, feijão e milho, grande parte em estabelecimentos que praticam agricultura familiar. Na pecuária, o estado conta com pouco mais de 36 mil cabeças de gado, algo ínfimo se compararmos com outros estados brasileiros, como Mato Grosso, que possui mais de 24 milhões.
Há extração de madeira e alguns minérios, como manganês, em Serra do Navio, e ouro, em Calçoene, mas de forma tímida. Quanto à madeira, grande parte é feita de forma ilegal, algo maléfico para populações nativas que vivem nas áreas de extração.
No setor secundário, que participa com pouco mais de 10% da economia do estado, o destaque fica com a cidade de Santana, que possui um pequeno distrito industrial.
Infraestrutura do Amapá
O território amapaense conta com duas rodovias federais: a BR-156 e a BR-210. A primeira faz parte de um ousado projeto de integração territorial entre Brasil, Guiana, Guiana Francesa e Suriname, e é apelidada de Rodovia Transguianense. Ela tem a intenção de interligar os quatro países, com uma extensão de 2300 quilômetros.
A BR-210, também conhecida como Perimetral Norte, corta o estado de leste a oeste, com 470 quilômetros de extensão. Há uma ponte binacional sobre o rio Oiapoque que liga Brasil e Guiana Francesa, demonstrando uma parceria entre os dois países no extremo norte do Brasil.
Apagão em Macapá
Em novembro de 2020, o estado sofreu um apagão no fornecimento de energia que deixou grande parte dele sem luz elétrica por 25 dias, entre rodízios e quedas constantes, prejudicando a população, que perdeu eletroeletrônicos e comidas, gerando um caos por todo o território.
Segundo a Polícia Militar do estado, durante os 25 dias foram registrados mais de 120 protestos no Amapá, em clima de transtorno e revolta do povo amapaense. Foi o maior apagão da história do Brasil.